6 Conceitos errados sobre Branding

Construir uma marca forte sempre foi importante para o sucesso de uma empresa, e se tratando da era digital e da nova economia, se tornou uma questão de sobrevivência.

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Raissa Andrade

4/15/20257 min ler

Construir uma marca forte sempre foi importante para o sucesso de uma empresa, e se tratando da era digital e da nova economia, se tornou uma questão de sobrevivência. Nos últimos anos o termo Branding tem ganhado destaque no mercado, principalmente, de tecnologia e B2B. Entretanto, o branding, na maioria das vezes, é mal interpretado, sendo reduzido a utilizações superficiais e sem retorno.

Pensando nisso, no artigo de hoje, vamos entender juntos o verdadeiro significado do branding, derrubando os conceitos errados e oferecendo uma visão clara sobre como construir uma identidade de marca que realmente faça a diferença em meio a um mercado saturado de cópias.

Principais pontos que vamos abordar neste conteúdo:

  • Esclarecendo o que é Branding e o que não é

  • A verdadeira essência do Branding

  • Branding no mercado B2B: Estabelecer confiança é lei

  • Algumas particularidades do Branding para SaaS e startups

  • Quando e por que considerar a mudança na marca?


Esclarecendo o que é branding e o que não é

Antes de entendermos o que é branding, primeiramente, é necessário entender o que ele não é. Vamos ao que muitas pessoas têm falado sobre Branding por aí:

1. Aumentar o preço de um produto/serviço em 10x:

Um erro clássico é acreditar que Branding se resume apenas a aumentar o preço dos produtos ou serviços. Que o preço é um reflexo da percepção de valor da marca, isso é fato, porém, o ato de elevar os preços não é uma estratégia de Branding.

2. Não importa o produto, o Branding consegue vender:

Essa é a maior das mentiras sobre Branding. Não adianta forçar a barra, branding não salva produto ruim. Se não existe demanda para o que você vende, se esse produto não soluciona uma dor do mercado ou gera uma transformação que o público deseja e precisa, o branding não vai conseguir fazê-lo cair nas graças do público. E se não tiver qualidade (que é o mínimo!) então, nem se fala.

3. Inventar uma história bonita para conquistar as pessoas:

Criar uma história interessante para a marca pode parecer uma solução rápida quando se trata de ganhar a atenção do público, mas isso não é Branding. A história da marca deve ser verdadeira e alinhada ao propósito da empresa, não adianta tentar trabalhar com a mentira, as pessoas não são bobas e vão descobrir.

4. Criar um novo logotipo, para estar sempre "em movimento":

Mudar de forma constante o logotipo ou a identidade visual não é nada inovador, pelo contrário, é prejudicial para a imagem e a confiança da empresa. Atualizar a identidade visual sim, faz parte de uma estratégia de rebranding, porém, o branding representa mais do que o visual. Ele não se trata de estar sempre “em movimento” ou seguir modismos, se trata de manter a essência da marca.

5. Usar termos em inglês para parecer caro (o tal "high ticket"):

Outro conceito errado bastante popular é usar termos em inglês ou usar jargões gringos para fingir “ser chique”, além de ser superficial e fútil, não reflete o verdadeiro branding. Uma marca forte tem clareza de quem é e facilita sua comunicação para alcançar as pessoas certas, fingir ser quem não é só mancha a reputação da empresa.

6. Abraçar causas sociais para ser uma empresa "engajada" (mesmo que na prática, você não esteja nem aí para elas):

Se envolver em causas sociais é uma ótima maneira de reforçar o propósito da marca, mas só funciona se for um envolvimento sério e verdadeiro. Branding não é sobre pegar carona" em causas sociais para parecer engajado. Só abrace causas sociais se elas realmente fizerem parte dos valores da empresa, senão, será apenas oportunismo. O que pode (e vai) “queimar” a reputação da sua marca.

A verdadeira essência do branding

Agora que você já sabe o que não é branding, podemos explicar o que ele é, de verdade. O que branding realmente é:

Ser visto da maneira certa e pelas pessoas certas:

Branding que funciona faz a marca ser reconhecida e valorizada pelas pessoas certas, sejam elas clientes, parceiros estratégicos ou investidores. Por isso, criar uma marca bonita não é suficiente, é necessário construir uma percepção alinhada aos valores e objetivos da empresa.

Construir uma marca alinhada aos objetivos de negócio:

A estratégia de marca que traz resultados está em sintonia com os objetivos de curto, médio e longo prazo da empresa. Dessa forma, ela garante que todos os elementos da marca contribuam para alcançar as metas de crescimento e sucesso.

Conquistar seu espaço único no mercado e na mente das pessoas:

Através do branding, o posicionamento de marca é desenvolvido. Ele é o responsável por determinar como a empresa deseja ser vista pelo público e pelo mercado, levando em consideração a sua expertise, seus valores e seu propósito. O resultado? Conquistar o seu espaço na mente das pessoas como a única opção.

Comunicar a transformação que o seu produto/serviço proporciona:

A marca deve refletir a transformação que o produto ou serviço oferece, enquanto transmite valor e os benefícios claros para os consumidores em cada interação com a empresa. Transformação essa que é propagada por meio da comunicação da marca e das mensagens que ela compartilha.

Estabelecer uma relação de confiança entre a empresa, o público e o mercado:

Por fim, a construção e gestão da marca tem como objetivo transmitir confiança e profissionalismo ao público. Por serem fatores que facilitam a conquista e retenção de clientes, a confiança e a credibilidade de uma empresa são construídas por meio de uma marca forte.

Branding no mercado B2B: Estabelecer confiança é lei

Até aqui, já entendemos o que são conceitos errados sobre Branding e o que ele é, de fato. Contudo, chegou o momento de compreender a relação entre Branding e o mercado B2B e por que a marca é um fator indispensável nas negociações entre empresas.

No Mercado B2B, a construção de uma marca forte é fundamental para estabelecer confiança e credibilidade com outros negócios, principalmente no que diz respeito a estabelecer relacionamentos com parceiros e clientes. Geralmente, as negociações envolvendo empresas costumam ter um ciclo de vendas mais longo e mais pessoas participando de forma ativa.

Por isso, a primeira impressão conta muito, mas não se engane: uma boa impressão sem sustentação no dia a dia, pode fazer tudo desmoronar. É preciso ter uma marca que chame a atenção, desperte confiança e continue a encantar os clientes, se diferenciando dos concorrentes.



Algumas particularidades do Branding para SaaS e startups

Da mesma forma que o branding se faz necessário no B2B, quando tratamos do mercado de tecnologia, ele se torna questão de sobrevivência. E isso se dá pelo fato de, além de ser um mercado em constante crescimento, o meio tech é um ambiente onde existem inúmeras possibilidades de produtos que à primeira vista, são praticamente iguais.

No Branding para SaaS e startups existem oportunidades únicas, que se usadas da maneira certa, são capazes de tornar uma empresa desconhecida em uma referência no mercado (o Nubank é um exemplo claro dessa máxima).

Algumas estratégias específicas do branding para empresas tech:

  • Foco na proposta de valor: Ter uma proposta de valor clara é indispensável para se diferenciar, especialmente em um mercado saturado. Além de ser desenvolvida, essa proposta deve ser comunicada de forma constante através dos conteúdos nas mídias sociais e de campanhas de mídia paga.

  • Flexibilidade e adaptabilidade: Startups precisam ser ágeis e adaptar sua marca conforme evoluem e crescem, principalmente na fase de consolidação do mercado. Produto validado? Chegou a hora de fazer o seu nome ser conhecido (brand awareness).

  • Investimento em Identidade Visual: Como o primeiro contato do público com a empresa, a identidade visual ajuda a estabelecer a presença do negócio no mercado e atrair clientes potenciais. Ela é o rosto da empresa, por isso, é necessário que a identidade visual transmita a essência do negócio, nada de seguir tendências, os clichês do setor ou copiar os concorrentes (por favor!).

  • Cuidar da experiência do cliente: No setor de SaaS, a experiência do cliente é um fator crítico para o sucesso, por isso, investir na experiência do usuário tanto com os produtos quanto com a marca em si, é imprescindível para aumentar o LTV e reduzir o churn. O branding deve deixar claro a experiência positiva que o cliente terá ao usar a plataforma e os benefícios do produtos. Falar somente sobre as funcionalidades e características do produto é cansativo e afasta os clientes.



Quando e por que considerar a mudança na marca?

Para finalizar, uma das pautas que mais causa dúvidas entre as empresas sobre o branding é: como saber se chegou a hora de reformular a marca? Primeiramente, o rebranding é o processo de atualizar ou modificar a identidade de uma marca para alinhar a comunicação da empresa com seus objetivos ou responder a mudanças no mercado.

A mudança de marca se faz necessária quando:

  • Problemas de percepção: Se o público enxerga a sua marca de uma forma totalmente diferente da qual você deseja comunicar, esse é um grande alerta. Nesse caso, o rebranding ajuda a corrigir a imagem transmitida e reposicionar a marca no mercado.

  • Mudanças internas: Alterações nos objetivos de negócio, na visão ou na missão da empresa pedem uma reestruturação da marca para alinhar a estratégia de marca com a nova direção da empresa.

  • Lançamento de novos produtos: Chegou o momento de alcançar novos mercados e lançar produtos que são um pouco (ou totalmente) diferentes dos que você já vende? Vamos fazer o rebranding, sim! Aqui, a marca será adapatada aos novos públicos e à estratégia que os novos produtos precisam para serem validados pelo mercado.

Conclusão:

Se você chegou ao fim desse artigo, parabéns! Agora você entende (um pouco) sobre o que é o branding raiz. Construir e gerir uma marca vai além de ações superficiais, se trata de estabelecer uma marca que se destaque, esteja alinhada com os objetivos de negócio e estabeleça uma relação de confiança e proximidade com o público-alvo.

No mercado de tecnologia, investir na sua marca é questão de sobrevivência (você já sabe disso, mas é sempre bom lembrar). Anote: a marca é o ativo mais valioso de um negócio.

Nesse post, falamos como a Natura se tornou a maior empresa de cosméticos do Brasil, graças ao seu posicionamento de marca. Vale a pena conferir!

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