6 maiores clichês de marcas de tecnologia e como evitá-los

No mercado saturado de tecnologia, muitas marcas acabam caindo em armadilhas clichês que limitam sua diferenciação. Descubra como fugir desses padrões e construir uma identidade de marca única e forte no setor SaaS.

IDENTIDADE VISUALBRANDINGNEGÓCIOS

Raissa Andrade

11/9/20246 min ler

Se você trabalha com tecnologia, sabe que se destacar no mercado é questão de sobrevivência. A concorrência está mais acirrada do que nunca, e com tantas ofertas parecidas, fica cada vez mais difícil transmitir uma mensagem clara e diferenciada.

Empresas SaaS e startups enfrentam o desafio de comunicar o valor de produtos intangíveis e, muitas vezes, acabam seguindo fórmulas prontas de branding que já estão saturadas. Mas será que isso realmente ajuda a posicionar sua empresa como referência?

No artigo de hoje, vamos entender os maiores clichês de branding no mercado de tecnologia e como evitar cair nessas armadilhas para construir uma marca sólida e relevante.

Principais pontos que vamos abordar neste conteúdo:

  • Clichês funcionam, mas não devem ser seguidos à risca

  • Clichê 1: Nome em inglês ou com pronúncia e/ou escrita difícil

  • Clichê 2: Nome que fala mais sobre o setor do que da empresa

  • Clichê 3: Usar cores saturadas do setor

  • Clichê 4: Usar somente o nome da empresa no logotipo, sem símbolo ou fonte personalizada

  • Clichê 5: Ter só o logotipo, sem o trabalho de branding

  • Clichê 6: Falar muito sobre o produto, esquecendo a transformação que ele traz

  • Caí nos clichês, e agora?

Clichês funcionam, mas não devem ser seguidos à risca

Marcas de tecnologia, especialmente no setor SaaS, caem em clichês de branding com frequência. Isso acontece porque, em um mercado tão saturado e competitivo, existe a tendência de seguir o que já funciona para outras empresas.

No entanto, essa repetição enfraquece a identidade da marca, transmitindo uma imagem de “mais do mesmo” para os consumidores. O grande problema dos clichês no branding de tecnologia é que eles empacotam várias empresas em uma única caixa, com isso, empresas que poderiam se destacar acabam por ser vistas como genéricas.

Não basta apenas ter um ótimo produto ou serviço — se a sua marca não se diferencia, ela não será lembrada. A diferenciação da marca é a chave para se destacar no mercado e sobreviver.

Se todas as empresas de um setor usam as mesmas estratégias visuais e de comunicação, fica difícil gerar uma conexão emocional com os consumidores e transmitir o valor que seu negócio oferece.

Clichê 1: Nome em inglês ou com pronúncia e/ou escrita difícil

A gente sabe que o universo da tecnologia e startups é repleto de termos em inglês (assim como o branding e o design), e que por isso, o idioma faz parte do seu dia a dia. Mas quando se trata do nome da sua marca, dependendo da palavra escolhida, a pronúncia e a escrita se tornam difíceis.

Essa dificuldade acaba diminuindo a lembrança da marca e a conexão do público. O ideal é encontrar um equilíbrio entre simplicidade e originalidade. Um bom nome de marca deve ser fácil de lembrar, mas também transmitir uma sensação única sobre o que a empresa faz.

Pense em empresas de sucesso no setor de tecnologia e SaaS. Muitas vezes, os nomes dessas marcas carregam uma ideia ou conceito que vai além do produto, refletindo os valores e a missão da empresa. Deixe o inglês para quando vocês expandirem internacionalmente, por enquanto, prefira o português e a facilidade de pronúncia.

Clichê 2: Nome que fala mais sobre o setor do que da empresa

Escolher um nome para uma empresa de tecnologia é uma tarefa crítica. E com isso, muitas marcas optam por nomes que descrevem diretamente o serviço ou o setor em que atuam, o que pode torna a marca genéricas.

Por exemplo, escolher nomes em inglês que remetem diretamente à área de atuação, à primeira vista, pode parecer uma escolha segura, porém, isso pode limitar a personalidade da marca e dificultar o reconhecimento a longo prazo.

Quando várias empresas do mesmo setor utilizam nomes parecidos, a marca perde força e passa a competir diretamente pela atenção em um ambiente onde todos parecem iguais.

Nomes como: Olá Healthcare, Financeira Tech e afins deixam muito claro o setor e não falam nada sobre a empresa. O nome é uma peça-chave do posicionamento de marca, e ele precisa ser pensado estrategicamente para se destacar e ser lembrado em um mercado tão concorrido.

Clichê 3: Usar cores saturadas do setor

As cores saturadas, como o azul e o roxo (graças ao Nubank), se tornaram sinônimo de tecnologia, especialmente no setor de startups e empresas de software. O que muitas empresas não percebem é que, optar por essas cores sem um propósito claro, é seguir uma tendência sem reforçar nenhum diferencial da marca.

Um dos pilares da identidade visual é a escolha das cores, por isso, ela deve refletir os valores e o propósito da marca, além de impactar o público de maneira emocional. Usar cores somente porque elas "funcionam para os outros" é um erro gigantesco.

Para construir uma identidade que faça a marca ser reconhecida e lembrada, a paleta de cores precisa ser uma extensão dos valores da empresa. Além disso, ela deve estar conectada com a mensagem que a marca deseja transmitir.

Clichê 4: Usar somente o nome da empresa no logotipo, sem símbolo ou fonte personalizada

Dar ênfase ao nome da empresa é fundamental para aumentar a lembrança de marca e tornar o seu negócio conhecido, porém, ainda assim, o logotipo não deve ser resumir somente ao nome.

Sim, existem marcas que usam somente o nome no logotipo: Netflix, Coca-Cola, Samsung, são apenas alguns exemplos. Mas o que todas têm em comum? O nome da empresa usa uma fonte customizada, ainda que seja apenas um traço ou a falta dele (no caso da Samsung), o que importa é que a fonte transmite a personalidade da empresa.

Nesses casos, um símbolo não é necessário. É necessário entender que o logotipo é a imagem da marca, é o primeiro contato e a primeira lembrança das pessoas, se ele não se diferenciar, você já perdeu oportunidades.

Clichê 5: Ter só o logotipo, sem o trabalho de branding

Ainda falando de logotipo, um dos maiores riscos é ter somente ele para representar a empresa. Muitas startups se contentam em criar apenas um logotipo e definir uma cor para a marca, mas deixam de desenvolver uma identidade completa que esteja presente em todos os pontos de contato visuais com os clientes.

O desenvolvimento de uma marca vai além do logotipo, é um processo que passa por pesquisas de mercado, estratégia de marca, definição dos pilares da comunicação, para, finalmente, chegar à parte estética, onde a identidade visual é desenvolvida junto ao logotipo.

Construir uma marca alinhada aos objetivos de negócio e aos diferenciais dos seus produtos, é o que garante um posicionamento único no mercado, capaz de fazer a sua empresa ser vista da maneira certa e pelas pessoas certas. Essa visibilidade constrói a reputação e a fidelização dos clientes no médio e longo prazo.

E quem não quer fidelizar clientes e ter receita recorrente?

Clichê 6: Falar muito sobre o produto, esquecendo a transformação que ele traz

Por fim, muitas empresas de tecnologia focam exclusivamente no produto ou serviço que oferecem e acabam negligenciando a importância do propósito de marca. Esse é um erro comum e acontece nas melhores famílias, especialmente no setor de SaaS.

A questão é que, no mundo de software, na maioria das vezes, os produtos são intangíveis e difíceis de diferenciar com base apenas nas funcionalidades. Por isso, se todo o discurso da sua empresa foca apenas no produto, você não vai conseguir se diferenciar.

Empresas que se consolidam no mercado são as que vão além de características técnicas dos produtos, e se concentram na transformação que ele promove para o cliente. O ato de comunicar o impacto positivo que seus produtos trazem tende a criar uma conexão mais forte com seu público.

Portanto, pense menos nas funcionalidades do produto e mais na transformação que ele gera e adapte isso à sua comunicação. O cliente precisa entender o que você oferece, e também por que o produto é importante para ele.

Caí nos clichês, e agora?

Se a sua empresa caiu em alguns dos clichês de branding, o rebranding é a solução ideal para corrigir a rota e reposicionar sua marca de maneira relevante no mercado. Geralmente, empresas de software e SaaS crescem de forma rápida e acabam perdendo o foco da sua estratégia de marca.

É nesse momento que o rebranding se faz presente, como uma oportunidade de repensar a identidade da empresa e realinhá-la aos novos objetivos e ao público-alvo.

A mudança de marca deve ser pensada como uma oportunidade de evolução, e não como um simples ajuste estético. Diante disso, repensar a comunicação, a identidade visual e a maneira como a empresa interage com seu público são pontos indispensáveis no processo de rebranding.

Quando bem feito, o rebranding se torna o fator-chave para reposicionar sua empresa e reconquistar relevância no mercado.

Conclusão:

Diante do cenário dinâmico e competitivo do mercado de tecnologia, fica evidente que seguir clichês de branding pode ser um dos maiores erros que sua empresa pode cometer.

É preciso construir uma identidade forte, alinhada aos valores e ao propósito da marca, e que comunique de forma clara a transformação que sua empresa oferece.

O simples fato de evitar os clichês e investir em uma estratégia de branding bem pensada já é suficiente para diferenciar a sua empresa da concorrência.


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