Branding para startups: Por que construir uma marca além do design e do visual?
Se você associa design apenas a estética, é válido repensar esse conceito. Ele é uma ferramenta estratégica para diferenciar marcas, atrair leads qualificados e aumentar a retenção de clientes. E quando aliado ao branding, os resultados são ainda maiores.
IDENTIDADE VISUALBRANDINGNEGÓCIOS
Raissa Andrade
5/1/20255 min ler


Em um mundo cada vez mais saturado de soluções tecnológicas, não basta ter um design bonito. Empresas SaaS e startups precisam construir uma marca forte e memorável para se destacar no mercado de software.
O erro de muitas empresas? Focar apenas na aparência, ignorando que o design é, antes de tudo, um componente estratégico do plano de negócios.
O design precisa funcionar, comunicar valor e reforçar um posicionamento claro. Um layout atraente, sem uma estratégia de longo prazo por trás, é como uma vitrine bonita sem uma loja bem estruturada.
No artigo de hoje, vamos entender por que o design é uma ferramenta fundamental para a diferenciação de marca, como ele impacta a retenção de clientes e qual a ordem correta para sua construção.
Principais pontos que vamos abordar neste conteúdo:
Design é 90% estratégia e 10% visual
Qual é, de fato, a função do design?
A ordem correta: negócio, estratégia e design
Design na percepção de valor e retenção de clientes
O erro comum: focar na embalagem e ignorar o conteúdo
Design é 90% estratégia e 10% visual
No início da empresa, é comum pensar em criar apenas um logotipo ou até mesmo uma identidade visual completa, focando na parte estética. Sabemos que a estética é importante desde os primórdios da humanidade, o bonito nos atrai quase que de forma automática, ainda assim, não é tudo.
Quando tratamos de marca, então, nem se fala! Por mais que uma identidade visual bonita cause impacto, o que interessa mesmo é: esse design funciona? Ele cumpre o que promete? Ele tem estratégia?
E é exatamente nessa parte, que a maioria das startups peca. Design não é apenas um recurso estético, ele é um elemento essencial para a construção de marcas fortes. Por isso, quando você trata o design como um acessório, sua empresa acaba se tornando mais uma opção entre tantas, sem uma mensagem clara e impactante.
Qual é, de fato, a função do design?
Já que o design não é só visual, fica a pergunta: “Qual é a função dele?”. Pois bem, o design tem a função de resolver problemas. Alguns problemas típicos que ele resolve:
Identificar uma empresa (logotipo + identidade visual)
Identificar um produto (identidade visual + embalagem)
Gerar lembrança de marca (identidade visual + branding)
Reforçar o posicionamento da empresa (marca + identidade visual)
Executar de forma visual o trabalho do branding (identidade visual + social media + peças gráficas)
Transmitir sensações (marca + identidade visual + social media + peças gráficas)
Comunicar a mudança na marca (redesign de identidade visual)
Facilitar a experiência do usuário (UI e UX design)
E olha que nem inseri as outras vertentes do design, como, por exemplo: design de interiores da arquitetura, design de produto e afins.
Agora, acredito que você já percebeu que o design não é apenas um elemento decorativo. Ele existe para resolver problemas e direcionar percepções. Em um mercado saturado, principalmente no setor de tecnologia e SaaS, é questão de sobrevivência que a identidade visual seja mais do que atraente: ela precisa comunicar.
Dentro do aspecto do branding para startups, um design bem estruturado deve responder a perguntas como:
Quem é essa empresa e qual sua proposta de valor?
Como ela se diferencia dos concorrentes?
Qual mensagem está sendo transmitida ao público certo?
Quando o design não cumpre sua função, sua empresa perde oportunidades de negócio, reduz a retenção de clientes e desperdiça chances de se destacar no mercado. Além disso, você acaba investindo em algo que não traz retorno (quando cada investimento precisa gerar retorno claro, existe coisa pior que isso?).
A ordem correta: negócio, estratégia e design
Ainda dentro deste aspecto, o maior erro das empresas ao investir em design é começar pelo visual, sem um direcionamento claro de negócio e posicionamento. Por esta razão, aqui no Estúdio Aguila, seguimos um processo que visa possibilitar que o design não seja apenas bonito, mas também funcional e estratégico:
Negócios: Começamos pelo diagnóstico da empresa e alinhamento de objetivos. O que você quer comunicar? Qual é o diferencial real do seu produto?
Estratégia: Definição da base da marca, incluindo posicionamento, tom de voz e valores. Sem isso, qualquer design é apenas um visual vazio.
Design: Apenas depois de entender o negócio e a estratégia elaboramos a identidade visual, traduzindo a essência e os objetivos da empresa, para que assim, ela represente a marca com fidelidade e funcione para o mercado.
O visual representa apenas 10% dessa construção. Para que ele cumpra seu papel, é necessário estar ancorado nos objetivos de negócio e na estratégia de marca. Branding para startups e empresas de tecnologia não se trata apenas de ter um logo bonito, e sim, sobre construir uma identidade que comunica valor, gera lembrança de marca e atrai oportunidades qualificadas.
Design na percepção de valor e retenção de clientes
Nem tudo gira em torno de apenas atrair novos clientes. É necessário saber manter os que já estão na sua base. Dessa forma, o branding aliado ao design contribuem para aumentar a retenção, pois geram conexão emocional e transmitem confiança.
A cada aparição da sua marca de forma estratégica, uma lembrança é criada na mente dos seus possíveis clientes. Quanto mais lembranças (e boas!) são geradas, mais a confiança na marca aumenta. E quando se trata de B2B, sabemos que a confiança é o fator de maior impacto nas negociações.
Além disso, no mercado SaaS, a concorrência é acirrada e as ofertas são parecidas, na maioria das vezes, o que define a preferência do cliente é a percepção de valor da marca. Percepção essa totalmente influenciada e construída pelo design, seja do produto, da interface, da embalagem ou da própria marca.
Se a identidade visual e a comunicação da empresa não forem consistentes, a marca perde relevância e fica esquecida. Marcas fortes têm alto índice de lembrança, o que reduz o custo de aquisição de clientes e melhora os resultados de curto, médio e longo prazo.
O erro comum: focar na embalagem e ignorar o conteúdo
Para finalizar, muitas empresas querem um design bonito sem passar pelo processo estratégico. Isso é um erro grave. O mercado B2B, valoriza empresas que têm um posicionamento sólido e uma identidade que reflete seu diferencial competitivo.
Quando o design vem antes da estratégia, ele se torna apenas um detalhe decorativo, sem conexão com o que a empresa realmente representa, e muito menos com seus objetivos de negócio.
Todos querem design bonito, mas poucos entendem o que acontece antes disso. É esse processo estratégico que faz com que uma marca seja lembrada, aumente a retenção de clientes e fortaleça a reputação da empresa a longo prazo.
Investir apenas no visual sem pensar na estratégia é o equivalente a construir um prédio começando pelo teto. O design deve ser a consequência de um trabalho bem estruturado, e não o ponto de partida.
Conclusão:
No fim do dia, o design é uma ferramenta indispensável, mas não basta que ele seja apenas bonito. Ele precisa estar alinhado a um plano de negócios, comunicar diferenciação de marca e contribuir para a retenção de clientes.
Empresas que enxergam o design como estratégia conseguem se posicionar melhor no mercado B2B e aumentar a percepção de valor de sua marca.
Se você quer que sua startup seja lembrada, é fundamental que sua marca seja mais do que uma questão estética. Afinal, design bonito sem propósito é só mais uma embalagem vazia em meio a tantas outras no mercado.
Nesse post falamos mais sobre esse assunto, e entendemos como o Airbnb obteve um aumento de receita anual de 40%, além de alcançar o valuation de U$ 100 bilhões em 2020 após o rebranding da marca. Vale a pena conferir!
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