Resultados no B2B são um reflexo direto da confiança na marca

Marcas que transmitem confiança conquistam mais do que clientes: constroem negócios sustentáveis, no mercado de software, então, nem se fala. A construção de marca é o elo entre diferenciação, retenção e geração de demanda.

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Raissa Andrade

7/8/20254 min ler

Ninguém confia em quem muda de opinião a cada semana. No mercado B2B, a lógica é a mesma. A confiança não é um botão que você aperta somente quando precisa vender. Ela é construída — e destruída — de forma constante.

Quando falamos de SaaS e startups em fase de crescimento, essa confiança vale mais que qualquer rodada de investimento. Ela impacta tudo: retenção de clientes, atração de leads qualificados, lembrança de marca, posicionamento no mercado e até as chances de fechar uma parceria estratégica.

Mas por que isso acontece? E o que o branding tem a ver com essa equação?

No artigo de hoje, você vai descobrir. Já adianto: branding é estratégia de longo prazo — e, muitas vezes, a única alavanca verdadeira de diferenciação possível em um oceano de players dizendo (e fazendo) exatamente as mesmas coisas.

Principais pontos que vamos abordar neste conteúdo:

  • Confiança: o ativo invisível mais valioso

  • O papel da confiança de marca no B2B

  • Sua empresa é um risco para o decisor B2B

  • Como mitigar riscos e aumentar a confiança na marca?

  • Afinal, como as marcas ganham a confiança do mercado?

Confiança: o ativo invisível mais valioso

A confiança é muito fácil de ser quebrada e para reconstruir, é com pesar. Nem sempre dá certo e leva ainda mais tempo do que para construir.

E isso porque a confiança se ganha em gotas. Um degrau de cada vez (às vezes é meio degrau). Mas se perde em baldes (leia $$$).

Não se pode forçar as pessoas a gostarem de você. Gostar é natural quando você se atrai por algo ou alguém. Quando se identifica, quando algo te chama atenção e te desperta sensações.

Confiança não aparece no pitch deck, nem no P&L, mas deveria. Em um setor onde a recorrência é a base do modelo de negócio, perder a confiança do cliente equivale a abrir um buraco no casco do barco. É um processo lento, silencioso e letal.

O papel da confiança de marca no B2B

No mercado B2B, a tomada de decisão não é emocional no sentido tradicional, contudo, é profundamente afetada pela percepção de risco. Se a sua marca não transmite segurança, clareza e solidez, você está perdendo negócios — mesmo que seu produto seja tecnicamente superior.

A confiança é o que transforma uma primeira venda em relação de longo prazo. É o que garante que o cliente renove, recomende e aceite pagar mais.

Além disso, segundo um estudo do Google e Bain, 90% dos compradores B2B fecham com fornecedores que já conheciam antes. Apenas 10% fecham com aqueles que descobriram durante o processo de compra. O que você acha torna essa decisão mais fácil senão a confiança na marca?

Na prática, você é um risco para quem compra de você. Somente a construção de uma marca sólida, estratégica e alinhada aos objetivos de negócio é capaz de mitigar os riscos e fazer o decisor te enxergar como uma escolha confiável. Mas como assim, um risco?

Sua empresa é um risco para o decisor B2B

Pode parecer um exagero, mas é a verdade. Você é um risco para quem compra de você. E por quê? Simples, pode dar muito certo ou muito errado. O seu papel é minimizar os riscos e aumentar a confiança em você.

Decisões no B2B não tratam apenas de dinheiro, mas de status, reputação (da empresa e do decisor!). Investir na sua solução pode representar uma demissão iminente para o decisor ou o crescimento na carreira. Desperdício ou otimização de recursos. Você carrega esse peso, você está totalmente ligado à vida dessa pessoa.

Por isso, para que ela negocie com você é preciso haver confiança. Afinal, por que eu arriscaria meu nome e minha reputação por alguém que nem sei quem é, de onde vem e o que faz? Ninguém é maluco.

Como mitigar riscos e aumentar a confiança na marca?

Antes que você termine esse artigo traumatizado, vamos te dar alguns direcionamentos de como aumentar a confiança na marca dentro do grupo de decisores (sim, grupo, a média de decisores envolvidos em uma compra B2B é de +9, Fonte: 6sense).

Você minimiza os riscos quando:

  • Constrói a reputação da marca

  • Demonstra expertise no assunto

  • Comunica a transformação que o produto gera

  • Aparece mais vezes (da forma certa e para as pessoas certas)

Diminuir os riscos também é mostrar que você é capaz de resolver o problema que o cliente tem, se trata de falar a mesma língua dele. E isso só é possível por meio da construção de uma marca alinhada aos objetivos do seu negócio e ao público que, de fato, precisa dela.

Afinal, como as marcas ganham a confiança do mercado?

Empresas não ganham confiança com apenas uma campanha. Elas constroem isso em cada ponto de contato. Afinal, como as marcas ganham confiança? Do mesmo jeito que as pessoas:

  • Consistência: Se não tá quebrado, não conserte. Seja o mesmo em todos os lugares (ser coerente é mais difícil do que parece).

  • Transparência: Fale a verdade e admita os erros. Honestidade é a melhor ferramenta, e nunca sai de moda.

  • Autenticidade: Pare de tentar parecer alguém que você não é, as pessoas percebem. Seja fiel à sua essência. O resto não importa.

  • Responsabilidade: Cumprir o que promete. Comprometimento com os resultados e honra aos compromissos.

Esses pilares não são valores para colocar na parede. São práticas que a marca precisa viver — ou o discurso desmorona, e junto a ele, a confiança do público.

Conclusão:

Você pode até pagar para alguém notar sua empresa. Mas não há dinheiro no mundo que compre confiança. Ela é resultado de consistência, coerência e compromisso com a verdade.

Empresas que entendem isso constroem marcas sólidas, com presença real no mercado. Elas atraem leads qualificados sem apelar para clickbait, mantêm seus clientes sem prometer milagres e ocupam um espaço mental que não se apaga na primeira crise.

No mercado de software, a confiança se torna a principal vantagem competitiva. E ela nasce — sempre — da marca.

Então, responda com honestidade: sua marca está ganhando ou perdendo a confiança do mercado?

Nesse post, falamos mais sobre uma das maiores dúvidas em startups: branding ou performance, onde investir? Analisamos as principais diferenças entre os dois, e o papel de cada um no crescimento sustentável de startups.

Vamos construir a sua marca juntos?

Responda algumas perguntas pra gente entender melhor as suas necessidades, e então, entramos em contato com você.