Por que ter o melhor produto já não é o suficiente?

Você até tem clientes e um ótimo produto, mas ser reconhecido e diferente no mercado B2B vai muito além disso. Entenda por que focar só no produto não garante crescimento sustentável e lembrança de marca.

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Raissa Andrade

7/15/20255 min ler

Se você acha que ter um produto “melhor” no mercado de software B2B basta para atrair e manter clientes, está na hora de rever essa ideia.

Você entrega funcionalidades sólidas e um serviço competente? Ótimo! Mas isso não te coloca automaticamente na frente da corrida. Se destacar não é só questão de entregar funcionalidades, mas de construir uma estratégia de longo prazo que torne sua marca memorável, confiável e capaz de gerar valor real.

Falando nisso, o seu plano de negócios ainda trata branding como algo secundário? Nesse artigo vamos mostrar por que mudar essa perspectiva com urgência (e deixar de abrir espaço para concorrentes sem tanta competência técnica te ultrapassarem).

Principais pontos que vamos abordar neste conteúdo:

  • Porque ser “o melhor” não basta para softwares B2B

  • Qual é o seu tempero? O que torna seu produto único?

  • Como a diferenciação funciona na prática?

  • Posicionamento de marca: de onde vem a diferenciação

  • Branding no seu plano de negócios, integrando produto e percepção

Porque ser “o melhor” não basta para softwares B2B

No mundo SaaS, “melhor” é um conceito perigoso e relativo. Se o cliente potencial não conhece ou não confia em você, não importa se o seu produto tem 20% mais recursos, é mais rápido ou custa menos.

O que pesa na decisão não é só a funcionalidade — é a percepção, a confiança e o reconhecimento.

Até porque, no B2B, a compra não é impulsiva. Ela é formada por múltiplas camadas de decisão, orçamento e análise de risco (essa parte aqui, então, costuma ser a principal).

Para completar, o mercado de software está saturado de promessas de “o melhor”, “mais rápido”, “mais barato”... que, na prática, soam como ruído para o cliente. O resultado? Eles não confiam no discurso do produto, mas sim, na marca que entrega segurança e experiência consistente.

Se posicionar como a escolha confiável, em vez da opção “melhor, mas desconhecida”, é a chave para não ser engolido pela concorrência.

Qual é o seu tempero? O que torna seu produto único?

Tudo depende de quem faz e de como faz. Ainda não ficou claro? Bom, digamos que você experimente o melhor prato de comida do mundo, porém, ele está sem tempero ou mal temperado. O que deveria ser ótimo, se torna uma experiência terrível.

Mas por quê? Simples, é o tempero quem dita o sabor e a experiência da comida. Mal temperado? Ruim. Sem tempero? Sem gosto. Temperado demais? Enjoativo.

No B2B funciona do mesmo jeito. Sua marca é o tempero. Mesmo que todos tenham soluções semelhantes, o que faz a sua ser única? Como ser visto de forma diferente? Somente por meio da marca!

Marcas sólidas não nascem do dia para a noite, e nem da repetição de frases de efeito sobre “o melhor produto”. Elas nascem de uma estratégia de longo prazo que une identidade, posicionamento e experiência do cliente (o tal do branding, sabe?).

Essa é a diferenciação, na prática. Quando faz parte do plano de negócios, a diferenciação guia decisões que vão desde a linguagem da comunicação até o desenvolvimento do produto e o atendimento ao cliente.

Como a diferenciação funciona na prática?

A maioria hoje em dia fala de diferenciação, eu sei, você sabe, todo mundo sabe. Contudo, o que ninguém explica é: como ela acontece, na prática? Onde está? Onde vive? O que come?

De forma bem básica, a diferenciação acontece quando:

  • Enquanto todos falam de produto, você fala do que ele resolve.

  • Enquanto todos seguem trends, você se mantém fiel à essência do seu negócio.

  • Enquanto a maioria negligencia a marca, você faz dela o maior ativo da sua empresa.

  • Enquanto o mercado tem marcas semelhantes que só investem na parte visual, a sua é integrada aos objetivos de negócio.

É assim que começa a diferenciação. Esse é o básico do branding.

Agora, usando o exemplo do Estúdio Aguila. A maioria dos designers fala sobre logo, cores e tipografia. Nós falamos sobre o mercado. A gente quer saber os seus números, seus objetivos, onde a sua empresa quer chegar. Porque você começou e qual é a sua visão.

Essa simples mudança no nosso discurso, quando comparado aos concorrentes, já nos posiciona de forma diferente. A mudança no discurso, muda a percepção.

Posicionamento de marca: de onde vem a diferenciação

Agora, você deve estar se perguntando: “Mas de onde vem a diferenciação? Como ela é construída?”. A resposta está no posicionamento de marca (sim, mais uma vez vamos falar dele).

Enquanto a maioria do mercado ainda reduz branding a logos e paletas de cores, o posicionamento de marca é um trabalho estratégico que envolve entender o mercado, a concorrência e as dores do cliente.

Primeiramente, posicionamento de marca não se trata de presença digital ou de posts nas redes sociais. Se trata de entender o negócio, o público, os produtos e a essência da empresa. Juntando tudo isso, a gente traça como a marca será reconhecida no mercado.

É preciso definir de forma clara a proposta única de valor da marca (e do produto!) e comunicar isso de forma que reverbere nos tomadores de decisão — para que, no meio da confusão de opções, sua marca seja aquela que permanece na cabeça.

Branding no seu plano de negócios, integrando produto e percepção

Por fim, se o seu plano de negócios ainda trata branding como um “detalhe” ou algo que só aparece no marketing, está na hora de mudar. Branding deve ser a parte central da sua estratégia de negócios, servindo de ponte entre produto, mercado e percepção para buscar o crescimento sustentável.

Sem isso, seu investimento em desenvolvimento e vendas perde potencial, porque falta o elemento que gera confiança e reconhecimento.

Ainda tem dúvidas? Integrar branding à estratégia de negócios faz seu produto “falar a mesma língua” do mercado. Dessa forma, o impacto comercial é maior, a atração de leads aumenta e o crescimento se torna sustentável.

Sem essa integração, mesmo sendo o melhor tecnicamente, você corre o risco de estar invisível para quem importa.

Conclusão:

Depois desse artigo, acredito que o seu discurso de marca não será mais preso ao “somos os melhores no que fazemos”, afinal, é hora de mudar. No mercado B2B de SaaS e startups, ser visto como diferente é o que gera vantagem verdadeira.

Branding não é frescura, é a base que sustenta o crescimento, a atração de leads qualificados e o aumento da retenção de clientes. Sem isso, seu produto, por melhor que seja, pode passar despercebido.

Nesse post, falamos mais sobre uma das maiores dúvidas em startups: branding ou performance, onde investir? Analisamos as principais diferenças entre os dois, e o papel de cada um no crescimento sustentável de startups.

Vamos construir a sua marca juntos?

Responda algumas perguntas pra gente entender melhor as suas necessidades, e então, entramos em contato com você.